quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

life as we know it


Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

Clarice Lispector

estou infinitamente maior que eu mesma, e não me alcanço.

A lucidez perigosa

Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.

Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do que:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
- já me aconteceu antes.
Clarice Lispector

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

sweet delirious


Sometimes I wish for falling
Wish for the release
Wish for falling through the air
To give me some relief
Because falling's not the problem
When I'm falling I'm in peace
It's only when I hit the ground
It causes all the grief

I'm not scared to jump
I'm not scared to fall
If there was nowhere to land
I woudn't be scared
At all.

Revista Cláudia - setembro 2010

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

hello kitty

a kitty overlook

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

melt into bubble



Em meio a um anseio pelo que poderia ser o limite do passado e o que viria. E o que viria?
Nada, pensava em desespero. No entanto era o pavor de uma possível intimidade de alma que a deixava irritada com ele. Estaria na verdade lutando contra a sua própria vontade de aproximar-se do impossível de um outro?

but why should I try to resist when I know damn well
that I've got you under my skin.
  

Que não fosse mais a dor - então o quê? - por medo de que no final ele achasse que já era tarde demais e recuasse gentilmente. Parecia-lhe no entanto que ela própria dificultava a missão de ambos.
 
trying to explain why i'm still here is like trying 
to explain how water tastes, completely impossible
Uma espécie de receio de ir, como se pudesse ir longe demais - em que direção? O que dificultava a ida. Sempre se retinha um pouco como se retivesse as rédeas de um cavalo que poderia galopar e levá-la D-us sabe onde. Ela se guardava. Por que e para quê? Para que ela estava se poupando?
  
I`d sacrafice anything come what might
For the sake of having you near,
in spite of a warning voice that comes in the night
It repeats, repeats in my ear

don't you know you fool, you never can win
Use your mentality, wake up to reality

And each time I do, just the thought of you
Makes me stop before I begin,
Because I've got you under my skin.

 
Era um certo medo da própria capacidade, pequena ou grande, talvez por não conhecer os próprios limites.
Se era a salvação que ela esperava, isso seria pedir tanto e tão grande que ele negaria?
Ela nunca vira ninguém salvar o outro, então temia uma aproximação que só faria desiludi-la na confirmação de que um ser não transpassa o outro como sombras que se trespassam.

what would you do if the only one who can stop you from hurting 
is the one who made you hurt?
O que a salva é que sentia que se seu mundo particular não fosse humano, também haveria lugar para ela, e com grande beleza: ela seria uma mancha difusa de instintos, doçuras e ferocidades, uma trêmula irradiação de paz e luta, como era humanamente, mas seria de forma permanente: porque se seu mundo não fosse humano ela seria bicho...ou nuvem.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Goodbye, travel well.



 I feel my fading mind begin to roam
Every time you fall, and every time you try
Every foolish dream, and every compromise
Every word you spoke, and everything you said

Everything you left me, rambles in my head


And there's nothing I can say
There's nothing I can do now

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

a heart of stone

Again and again and again and again and again

terça-feira, 3 de agosto de 2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

I can tell you how this ends.


If it can be broke then it can be fixed, if it can be fused then it can be split
If it can be lost then it can be won, if it can be touched then it can be turned
It's all under control. All you need is time.

We promised the world we'd tame it, what were we hoping for?

A sense of purpose and a sense of skill, a sense of function but a disregard

So here we are reinventing things
It's a colour that I can't describe, It's a language I can't understand
Ambition, tearing out the heart of you, Carving lines into you

We will not be the last
I just can't recall what started it all or how to begin in the end

It’s a better way to feel
When you’re not real, you’re post modern
I stopped and waited for progress
I stopped and waited
But I’m not willing to accept it all

I can tell you how this ends. I'm going to win this. 

segunda-feira, 19 de julho de 2010

quinta-feira, 15 de julho de 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

where is my mind?


With your feet in the air and your head on the ground
Try this trick and spin it, yeah

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Dance.













E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.
 Friedrich Nietzsche

quarta-feira, 7 de julho de 2010

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Reflexão do dia: Tenho certeza de que se eu sorrisse menos teria menos amigos.

Acredito que errado é aquele que fala correto e não vive o que diz.
Então...taí!
 

quarta-feira, 30 de junho de 2010

A vida é a arte de extrair conclusões suficientes de premissas insuficientes.

"I found a reason"
Cat Power

Oh I do believe
In all the things you say
What comes is better than what came before
And you'd better come come, come come to me
Better come, come come, come come to me
Better run, run run, run run to me
Better come
Oh I do believe
In all the things you say
What comes is better that what came before
And you'd better run run, run run to me
Better run, run run, run run to me
Better come, come come, come come to me
You'd better run

terça-feira, 29 de junho de 2010

É suficiente ser quem você realmente é.

"Então, desesperado, tenho de escapar a outras regiões, se possível a caminho do prazer, se não, a caminho da dor.
Quando não encontro nem um nem outro e respiro a morna mediocridade dos dias chamados bons, sinto-me tão dolorido e miserável em minha alma infantil, que atiro a enferrujada lira do agradecimento à cara satisfeita do sonolento deus, prefiro sentir em mim uma verdadeira dor infernal do que essa saudável temperatura de um quarto aquecido.
Arde então em mim um selvagem anseio de sensações fortes, um ardor pela vida desregrada, baixa, estéril, bem como um desejo louco de destruir, seja um armazém, uma catedral ou a mim mesmo, pois, o que eu odiava mais profundamente e maldizia mais, era aquela satisfação, aquela saúde, aquela comodidade, esse otimismo bem cuidado dos cidadãos, essa educação adiposa e saudável do medíocre, do acomodado" - Hermann Hesse

quinta-feira, 24 de junho de 2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

eu também quero uma realidade inventada

Estava eu cá com meus botões...e as palavras de Clarice...e como não existem palavras não ditas, faço das palavras dela as minhas...

É curioso não saber dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo...estou tentando me entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. E, como artifício em busca da ordem ou a sensação de ordem, me perco no caminho pela ânsia de acertar.

Sou como você me vê ... Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar ... É que por enquanto a metarmofose de mim em mim mesma não faz sentido. É uma metamorfose em que eu perco tudo o que tinha, e o que sou. E agora o que sou? Sou: estar de pé diante de um susto. Sou: o que vi. Não entendo e tenho medo de entender, o material do mundo me assusta, com seus planetas e baratas.

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. A semiótica que o diga. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. O mundo acaba sendo mais confortável de cabeça para baixo. Não entender é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo pois tenho a clareza em mim que quanto mais sei, menos sei.

...há impossibilidade de ser além do que se é - no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio, sou mais do que eu, quase normalmente - tenho um corpo e tudo que eu fizer é continuação de meu começo...a única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo.

E, em meio a tudo isso... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida.

Sonhei essa noite como a tempos não lembrava. Foi um sonho bom, com gosto e cheiro conhecidos. Pode parecer estranho, mas tenho memória de cheiro e de gosto. Fui preenchida por uma sensação familiar de segurança, de amor e cumplicidade. Foi um sonho muito bom. Tão bom que ao acordar me dei conta que era um sonho, e a realidade de tão dura me partiu o coração.

Sinto saudade. Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

E apesar de tudo, ainda espero esse teu mistério conhecido, mas é o que eu quero. E quero inteira, com a alma também. Apesar de tudo, ainda te amo. Mas como se começa do final? Eu não sei. Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso.


Sou uma filha da natureza: quero pegar, sentir, tocar, ser.
E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério.
Sou uma só... Sou um ser. E deixo que você seja. Isso lhe assusta?
Creio que sim. Mas vale a pena.
Mesmo que doa. Dói só no começo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Eu Tenho Um Sonho


















"Isto

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!"


Fernando Pessoa

segunda-feira, 7 de junho de 2010

From Winter to Spring















Aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira.
(Cecília Meireles)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Um passo à frente e você já não está no mesmo lugar

















Ser a mudança que você espera do mundo é complicado. Podia ser mais fácil, mas infelizmente não é. Todo mundo está tão preocupado com o próprio umbigo que passa por cima de tudo e qualquer coisa.

Eu?! Eu continuo na margem dessa sociedade de massas agindo de acordo com meus princípios e crenças. Eu acabo onde você termina e ponto. Nossas chances são 50/50 e eu escolho encarar as coisas da maneira mais leve possível. Entre ter um bom dia ou um ruim, prefiro um dia bom. Bom não...que bom é morno...ótimo!

As vezes as pessoas não entendem quando fico em silêncio, mais reservada, por costume de ver transbordando por aí. Por horas reservo meu tempo para organizar e urbanizar terrenos psíquicos. Outras simplesmente não vejo razão em despender energia para tentar expressar o que já não é exatamente o que eu queria dizer para alguém que não entenderá realmente o que eu queria dizer. Então por quê?
Concordaremos em discordar então.

Li essa semana uma "frase do dia" da Clarice: "Liberdade é pouco. O que eu quero ainda não tem nome". Pois é..
Se fosse possível ser livre, tudo iria simplesmente fluir.
Liberdade é poder escolher o pior, se for o caso. não tem relação nenhuma com sempre escolher o melhor ou o certo. Senão seria determinismo, não liberdade.
A maioria das coisas que decidimos não são o que sabemos ser o melhor. Dizemos sim meramente porque somos colocados contra a parede e precisamos dizer algo, mesmo sem ter o que dizer.

E no meio dessa confusão, dessa falsa liberdade de escolha, desse protocolo que foi instituido no nascimento, eu não desisto.
Eu quero mais.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Charmed

Do you ever think in bubbles?



a perfect day for bubbles...

Popping Bubbles
@ http://www.flickr.com/photos/11164709@N06/sets/72157607182199900/

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Salve Jorge!


Jorge Da Capadócia
Composição: Jorge Ben Jor

Jorge sentou praça na cavalaria
E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tenham pés, não me alcancem
Para que meus inimigos tenham mãos, não me peguem, não me toquem
Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam
E nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal

Armas de fogo, meu corpo não alcançará
Facas, lanças se quebrem, sem o meu corpo tocar
Cordas, correntes se arrebentem, sem o meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge

Jorge é de Capadócia, viva Jorge!
Jorge é de Capadócia, salve Jorge!

Perseverança, ganhou do sórdido fingimento
E disso tudo nasceu o amor
Perseverança, ganhou do sórdido fingimento
E disso tudo nasceu o amor

Ogam toca pra Ogum
Ogam toca pra Ogum
Ogam, Ogam toca pra Ogum

Jorge é da Capadócia

terça-feira, 9 de março de 2010

Viver e não ter a vergonha de ser Feliz...


"É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver" - Martin Luther King

segunda-feira, 8 de março de 2010

Desejos no Dia Internacional da Mulher


Canção das mulheres
Lya Luft

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco — em lugar de voltar logo à sua vida, não porque lá está a sua verdade mas talvez seu medo ou sua culpa.

Que se começo a chorar sem motivo depois de um dia daqueles, o outro não desconfie logo que é culpa dele, ou que não o amo mais.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo “Olha que estou tendo muita paciência com você!”

Que se me entusiasmo por alguma coisa o outro não a diminua, nem me chame de ingênua, nem queira fechar essa porta necessária que se abre para mim, por mais tola que lhe pareça.

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que quando levanto de madrugada e ando pela casa, o outro não venha logo atrás de mim reclamando: “Mas que chateação essa sua mania, volta pra cama!”

Que se eu peço um segundo drinque no restaurante o outro não comente logo: “Pôxa, mais um?”

Que se eu eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro — filho, amigo, amante, marido — não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa — uma mulher.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

X & Y



Trying hard to speak
And fighting with my weak hand
Driven to distraction
So part of the plan

When something is broken
And you try to fix it
Trying to repair it
Any way you can

I dive in at the deep end
You become my best friend
I wanna love you but I don't know if I can

I know something is broken
and I'm trying to fix it
Trying to repair it anyway I can

Oooohh, oooohh
Oooohh, oooohh

You and me are floating on a tidal wave... together
You and me are drifting into outer space... and singing

Oooohh, oooohh

You and me are floating on a tidal wave... together
You and me are drifting into outer space

You and me are floating on a tidal wave... together
You and me are drifting into outer space... and singing

Oooohh, oooohh
Oooohh, oooohh

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Everybody is free to wear sunscreen...

Everybody's Free (to wear sunscreen)



Mary Schmich
Chicago Tribune

Ladies and Gentlemen of the class of '97... wear sunscreen.

If I could offer you only one tip for the future, sunscreen would be IT.

The long term benefits of sunscreen have been proved by scientists whereas the rest of my advice has no basis more reliable than my own meandering experience.

I will dispense this advice now.

Enjoy the power and beauty of your youth. Never mind. You will not understand the power and beauty of your youth until they have faded. But trust me, in 20 years you'll look back at photos of yourself and recall in a way you can't grasp now how much possibility lay before you and how fabulous you really looked.

You are NOT as fat as you imagine.

Don't worry about the future; or worry, but know that worrying is as effective as trying to solve an algebra equation by chewing bubblegum. The real troubles in your life are apt to be things that never crossed your worried mind; the kind that blindside you at 4pm on some idle Tuesday.

Do one thing every day that scares you.

Sing.

Don't be reckless with other people's hearts, don't put up with people who are reckless with yours.

Floss.

Don't waste your time on jealousy; sometimes you're ahead, sometimes you're behind. The race is long, and in the end, it's only with yourself.

Remember compliments you receive, forget the insults; if you succeed in doing this, tell me how.

Keep your old love letters, throw away your old bank statements.

Stretch.

Don't feel guilty if you don't know what you want to do with your life. The most interesting people I know didn't know at 22 what they wanted to do with their lives, some of the most interesting 40 year olds I know still don't.

Get plenty of calcium.

Be kind to your knees, you'll miss them when they're gone.

Maybe you'll marry, maybe you won't, maybe you'll have children, maybe you won't, maybe you'll divorce at 40, maybe you'll dance the funky chicken on your 75th wedding anniversary. Whatever you do, don't congratulate yourself too much or berate yourself, either. Your choices are half chance, so are everybody else's. Enjoy your body, use it every way you can. Don't be afraid of it, or what other people think of it, it's the greatest instrument you'll ever own.

Dance. Even if you have nowhere to do it but in your own living room.

Read the directions, even if you don't follow them.

Do NOT read beauty magazines, they will only make you feel ugly.

Get to know your parents, you never know when they'll be gone for good.

Be nice to your siblings; they are your best link to your past and the people most likely to stick with you in the future.

Understand that friends come and go, but for the precious few you should hold on. Work hard to bridge the gaps in geography in lifestyle because the older you get, the more you need the people you knew when you were young.

Live in New York City once, but leave before it makes you hard; live in Northern California once, but leave before it makes you soft.

Travel.

Accept certain inalienable truths, prices will rise, politicians will philander, you too will get old, and when you do you'll fantasize that when you were young prices were reasonable, politicians were noble and children respected their elders.

Respect your elders.

Don't expect anyone else to support you. Maybe you have a trust fund, maybe you'll have a wealthy spouse; but you never know when either one might run out.

Don't mess too much with your hair, or by the time you're 40, it will look 85.

Be careful whose advice you buy, but, be patient with those who supply it. Advice is a form of nostalgia, dispensing it is a way of fishing the past from the disposal, wiping it off, painting over the ugly parts and recycling it for more than it's worth.

But trust me on the sunscreen.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

SONETO DE SEPARAÇÃO















De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinícius de Morais

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Original Sin





















He never ever saw it coming at all
It's alright...

Hey, open wide
Here comes original sin
It's alright...

No one's got it all
No one's got it all
No one's got it all

Power to the people
We don't want it, we want pleasure
And the TVs tried to rape us
And I guess that they're succeeding
And we're going to these meetings
But we're not doing any meeting
An we're trying to be faithful but we're
Cheating, cheating, cheating

Hey, open wide
Here comes original sin
It's alright...

No one's got it all
No one's got it all
No one's got it all

I'm the hero of the story
Don't need to be saved
It's alright...

No one's got it all
No one's got it all
No one's got it all

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010